"A escrita é a melhor psiquiatria, mais gentil deusa de todos os deuses". (Charles Bukowski)
Completos demais e ao mesmo tempo vazios, por culpa da incomunicabilidade. Como um vaso pesado cujo interior se desconhece. É o ser humano, escravo de sua incapacidade.  Reféns da palavra, do gesto e do agouro, do grito silencioso que ecoa alto.
Escrevo, não é por ego. Não para sustentar o título do nobre ofício. Escrevo para o mundo, mas escrevo para mim. Por mim e para mim.
Escrevo, expresso, liberto. Escrevo e expulso de mim as fatais agonias. E as dores de cortes interiores sangram em papel, como uma bela arte. Uma arte e uma ferramente, minha arte e minha sobrevivência. Não sustento, pois sou fraco demais para empossar-me dela de tal forma.
Sou fraco, por isto escrevo. Para assumir a força que demanda deixar tudo aqui dentro. Derramo angústias e mágoas, melancolia e alegria. E amor, dor.
E ela me cura.
Ser me cura.
Existir, escrever.
E escrevei, pois, versos em meu caixão, para que feliz eu vá rumo ao meu destino.
E leia, pois, tu que agora me lê, tens me em mãos e mente, versos sobre meu corpo. Em vida amei, em vida fui amado. E não posso morrer se não for no braços delas, que me deram a vida, as vidas. Escrita, ofício amado.


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